Se...se...
Se felicidade fosse água
seria gota.
Escassez danada!
Se saudade fosse água
seria mar.
Tempestade... enxurrada...
Se alegria fosse ar
seria um sufoco no peito.
Se tristeza fosse ar
Simpósio de Moinho de Vento.
Dayse Kênya, poeta, ex-publicitária e artista plástica, concluiu sua formação em Artes Visuais na Universidade Federal de Goiás.
Seu projeto de conclusão, intitulado “Monólogo de muitos”, é uma análise profunda da complexa personalidade de Álvaro de Campos, um dos heterônimos de Fernando Pessoa, marcado por conflitos internos e sua relação tumultuada com o mundo, encapsulado na frase: “Multipliquei para me sentir, para me sentir precisei sentir tudo”. Ao longo de sua carreira, Dayse acumulou mais de 30 premiações em concursos de poesia desde 1989, destacando-se sua inclusão na Antologia Nacional Gilberto Mendonça Teles em 1993 com o poema “Fóssil agônico”, a conquista do primeiro lugar no concurso Kelps de poesia falada em 2004 com “Das duas, duas” e o reconhecimento de seu livro “Talhe verbal”, que obteve o segundo lugar no concurso Novos Valores da Fundação Jaime Câmara. Em 2015, lançou o livro “O Talhe”, com tiragem de 1000 exemplares, seguido pelo lançamento de “CEM MAIS para o momento” em 2021, ambos publicados pela Editora Kelps e recebidos calorosamente pela crítica e leitores.
Comentários